Quando José soube que Maria estava grávida, decidiu não a denunciar, porque era um homem justo. Naquela época, as mulheres que adulteravam eram apedrejadas, por isso ela deveria ser denunciada e implacavelmente apedrejada. Mas José preferiu abandoná-la em silêncio, como se ele mesmo houvesse adulterado. Ele era um homem de bom coração e, mesmo sem saber o que havia ocorrido, não queria vê-la sendo apedrejada.
A Virgem Maria, no entanto, não podia se justificar com José, pois quem iria acreditar nela. Mas ela confiou em Deus e Este falou com José por intermédio de um sonho: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo” (Mateus 1,20).
Deus escolheu pessoas humanas para que também nós trilhemos o caminho de Seu Filho, o caminho da obediência. Ele não precisa de padres, mas quis precisar deles; Ele não precisa de Papa, mas quis precisar de um Pontífice; Ele não precisava de Maria, mas Ele quis precisar dela para que Seu Filho viesse ao mundo. Quando Nossa Senhora manda, até satanás obedece, pois ele olha para ela e sabe muito bem que Jesus obedeceu essa mulher, e que ela também foi obediente até a cruz.
Da mesma forma, Deus Pai nos diz hoje: “Não tema em receber Maria em sua vida, como sua mãe, como sua mestra, como a mãe do seu Senhor. Acredite que tudo o que aconteceu nela foi santo.
Deus fez com que ela, mesmo sendo virgem, gerasse Jesus. Ela permaneceu virgem até a sua assunção ao céu. Sem Maria não teríamos Jesus e, sem Jesus, não teríamos a salvação, estaríamos perdidos, porque nenhum de nós poderia se salvar. O demônio não imaginava que o Senhor tinha um projeto guardado em Seu Coração: fazer Maria imaculada. Por isso o demônio odeia as mulheres, odeia a Virgem Maria, aquela que nos trouxe a salvação.
O Evangelho de São Lucas 1, 39-43 diz: “Naqueles dias, Maria levantou-se e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?”.
Só pela presença de Maria, Isabel ficou cheia do Espírito Santo. A prima de Nossa Senhora não tinha como saber que ela estava grávida, mas o Espírito Santo lhe revelou.
“Maria é a Mãe do meu Senhor.”
Isabel diz: Como mereço que a mãe do Senhor venha me visitar? Não tema de receber Maria, a mãe do Senhor, em sua vida. Não tem como separar a mãe do filho. Se Maria é a mãe do meu Senhor, eu tenho que venerá-la. Ela é a mãe do meu Deus, do meu Redentor. Maria é mãe e mestra, ela nos ensina o caminho a seguir. Nas Bodas de Caná, Jesus honrou o Quarto Mandamento, que diz: Honrar pai e mãe.
“Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva” (Lucas 1,45-48a)
Esta geração me chamará de bem-aventurada, e a minha geração proclamará a Bem-aventurada.
Eu não temo receber Maria em minha vida, em minha casa, em minha família, como mãe do meu Senhor e como minha mãe. Eu proclamo que Jesus é o Senhor e ao nome d’Ele se dobra todo joelho. Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendito o fruto do vosso ventre, JESUS.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova