O Senhor quer nos ressuscitar para o amor
Deus quer nos curar profundamente de tudo aquilo que acabou matando o amor em nós. Talvez, diante do próximo mais próximo, isto é, familiares, filhos, irmãos, pais, esposo… você tenha tido que dizer: “Meus Deus do céu, eu não amo, não sinto o amor”. Justamente por causa disso, o Senhor quer fazer uma ressurreição em sua vida.
Existe amor em você! Mas, infelizmente, não sentindo esse amor, você acaba dizendo para si mesmo que não ama. Você se acusa e se condena por isso.
Quando estamos voltados para o Senhor, sentimos Seu amor e começamos a amar: voltamos à vida. Sabemos que passamos da morte para a vida porque o amor de Deus está em nós. Porque estamos voltados para Ele, começamos a amar o próximo.
Não é possível amar os outros se não amamos a Deus em primeiro lugar
Não é possível amar a Deus se não sentimos o amor d’Ele por nós. Precisamos passar pela experiência de que foi Deus quem nos amou primeiro. E porque somos amados e experimentamos Seu amor, começamos a amá-Lo também. E amando a Deus, começamos também a amar o próximo.
Há amor em você. O amor de Deus foi derramado em seu coração pelo Espírito Santo que lhe foi dado. Se esse amor não se manifesta, é porque forças de morte caíram, pesaram sobre ele e o sufocaram. Deus quer retirar todas essas forças de morte e fazer você voltar a experimentar o amor.
É como se em você houvesse cinzas em cima das brasas. Graças a Deus, ainda existe fogo. Porém, as cinzas estão matando o fogo. Quando eu era menino, fazíamos fogão à lenha em casa. Quantas vezes foi preciso pegar a tampa de uma panela e abanar o fogão para tirar as cinzas de cima! Eu achava bonito ver as brasas ficarem vermelhas e as cinzas irem embora. Bastava colocar alguns gravetos e, em pouco tempo, o fogo aparecia novamente.
É preciso “abanar” esse amor
Com o amor é assim também. Graças a Deus, já existe amor em você. É preciso “abanar” esse amor. E isso depende de duas coisas: de Deus, e Ele já está fazendo Sua parte, soprando o Espírito Santo sobre nós e a nossa decisão de querer amar.
É em nossa casa, com as pessoas que Deus já introduziu em nossa vida, que precisamos acender as brasas do amor. Ainda lembro que eu ia pegar gravetos para fazer o fogo, e nem sempre eles estavam secos; dava um trabalhão acendê-los! Faziam muita fumaça. Faziam arder os olhos. Eu só tinha aqueles gravetos, por isso não desistia. Era preciso acender o fogo. Eu insistia, e, no meio de muita fumaça, finalmente o fogo reacendia. Insista! Não permaneça na morte!
As pessoas que Deus pôs em sua vida são os gravetos que Ele deixou para acender o fogo. Às vezes, elas estão verdes ainda, mas é com essas pessoas que você tem de fazer fogo. É com elas que a chama do amor vai acontecer.
Deus é amor e quem ama permanece no amor. Quem não ama permanece na morte. Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos as pessoas próximas a nós. Forças de morte terríveis e acontecimentos desastrosos fizeram cair cinzas e morte sobre o amor. Mas o Senhor nos devolve a coragem de dar passos, de tomar a iniciativa e amar.
Os valentes guerreiros que o Senhor está treinando fazem guerra cerrada contra o próprio egoísmo, decidindo-se continuamente a amar fazendo voluntariamente gestos e mais gestos de amor. São todos os pequenos gestos, como gravetos que fazem fogo; mas são eles que marcam em nós a decisão deliberada de amar. Em outras palavras: passar continuamente da morte para a vida, do egoísmo para o amor.
Trecho do livro “Combatentes no amor” de monsenhor Jonas Abib
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova