“Eu confio em Nosso Senhor com fé, esperança e amor” [música].
“O culto da Divina Misericórdia não é uma devoção secundária, mas é uma dimensão integrante da fé e da oração de todo cristão” (Papa Bento XVI).
Bendito seja Deus, porque nós, na Canção Nova, nos voltamos para a Divina Misericórdia todos os dias, às 15h, rezando o terço da Misericórdia.
Jesus ressuscitou, apareceu àquelas mulheres que estavam com Maria Madalena, que foram contar aos apóstolos que viram o Senhor, mas eles, infelizmente, não acreditaram. E eles eram apóstolos.
Não é verdade que nas nossas casas, nas nossas famílias, nós encontramos pessoas que não acreditam em Deus? Algumas dizem que fazem orações; mas é tão vago. Quantas vezes pai e mãe dão a melhor educação para seus filhos, mas quando crescem não crêem mais? Podem até lembrar, mas crer mesmo, ir à Santa Missa, ler e conhecer a Palavra de Deus… E quantos pais há que não crêem e não passam nada para os seus filhos? Como isso é duro! Essa não é a vontade de Deus.
Os apóstolos estavam errados quando não acreditaram. Quem não confia no Senhor, vive constantemente no medo, mesmo que se mostre seguro. Eles [apóstolos] estavam lá com medo, mas Jesus se faz presente no meio deles e diz: “A paz esteja convosco”. E depois soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (cf João 20, 21-22).
Olhe as máquinas funcionando por meio da energia levada por dois fios: o positivo e o negativo. Foi isso que Jesus passou para nós. Se fosse possível tocar a energia divina na hora em que um sacerdote atende os fiéis em confissão, iríamos tomar um enorme choque, porque a energia de Deus passa por ele. Nós padres ficamos sempre “eletrizados” quando recebemos confissões. O Pai das Misericórdias, por intermédio de nós, padres, leva o perdão.
Diga comigo: “Obrigado, Senhor, porque na sua Divina Misericórdia não apenas quiseste nos perdoar, mas deixaste aqui na terra embaixadores Seus. E através deles, como que por um fio elétrico, chega a energia divina e nos perdoas. Obrigado por aqueles que trazem o perdão a nossos pecados”.
Mesmo que nós não consigamos um arrependimento perfeito , como aquele filho pródigo, que estava “na pior” e voltou muito mais para a casa do pai porque ele precisava , um sacerdote nos ouve e nos absolve. A Divina Misericórdia passa por ele e nós somos verdadeiramente perdoados.
“Ele [Deus] é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniqüidade”. É isso que ocorre na confissão, quando um sacerdote nos ouve e nos perdoa.
Deixe-me dizer uma coisa muito importante: Aqui na Canção Nova, Deus quis que nós vivêssemos situações que muitas pessoas vivem fora, inclusive o câncer. A Eliana Sá, que conduz a festa da Divina Misericórdia, teve câncer e lutou muito; com muita graça de Deus e tratamentos médicos, ela o venceu. A Heloísa também enfrentou uma luta enorme contra o câncer, assim como a Glória Amaral, que está todas as manhãs no programa “Manhã Viva”, também o enfrentou. Deus quer nos mostrar com isso que tudo pode ser mudado pela força da oração. Obedecemos aos médicos, fazemos tudo direitinho, mas rezando, muita gente rezando, a vitória vem.
Não nos esqueçamos de que a misericórdia de Deus passa pela paz, pelo perdão. Ele nos perdoa de uma maneira a esquecer a falta, o pecado. É esse o modo de Jesus agir, porque Ele é Deus, o Ressuscitado. O cristão não pode ter uma atitude que seja diferente da de Jesus. A pessoa será nova quando souber dar o perdão e perdoar.
Como São Paulo, nós dizemos: “Em nome de Cristo nós vos exortamos: deixai-vos reconciliar com Deus”. Deus é misericórdia, é perdão, é amor.
Não espere para amanhã para perdoar a quem você pode perdoar hoje!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova