:: Operários da Messe

Homilia do Padre Jonas Abib
nesta terça-feira, 11/julho/2006



Jesus aproximou-se de todas as pessoas das aldeias de Jerusalém, tocando-as e compadecendo-se delas. O povo estava abatido e cansado, como ovelhas sem pastor. Nos tempos de Jesus, todos sabiam muito bem o que era uma ovelha sem pastor. Elas precisam continuamente de cuidados de alguém, porque não têm noção do perigo. Não sabem escolher o próprio alimento, e, muitas vezes, perdem a cria, ficam magras e sarnentas. Jesus compara aquele povo às ovelhas, mas nós podemos comparar também às pessoas de hoje, porque o nosso povo também está como ovelhas sem pastor, perdido, machucado, despreparado, doente afetivamente e desorientado.

Assim, acabam se arrastando pela vida. Nosso povo não sabe aonde ir e passa a procurar por centros espíritas, terreiros de macumba, pais-de-santo, sem saber que em tais lugares apenas vai se contaminar e se ferir ainda mais, e será atormentado por demônios, que somente se manifestam quando estão diante de um exorcista. Muitas vezes, as pessoas sentem-se atormentadas em seus pensamentos, idéias, imaginações, nos problemas que enfrentam, pois o demônio é como um bicho-de-pé que está lá, mas não se mostra.

Graças a Deus, quando surge um ministro de libertação, os demônios são obrigados a se manifestar, mas antes de irem embora, eles fazem o seu “show”, para que as pessoas se sintam amedrontadas e com receio de buscar a cura novamente.

Deus dá o ministério de libertação a quem Ele quiser, e as pessoas que o recebem não devem ter medo, pois muitos precisam de cura. O Senhor, muito mais do que atacar e repreender os maus pastores, vem para tomar conta, para ter misericórdia de nossas misérias.

Jesus, hoje, também fala de messe e de trabalhador. Uma messe é um tipo de plantação, cuja colheita precisa ser feita na época adequada e depressa porque senão se perde. Jesus está falando de perda, mas não a perda de plantas e vegetais, mas de almas, de pessoas. Se perder uma plantação é um prejuízo, imagine perder os nossos entes queridos, como talvez nossos pais que não aceitam se converter e continuam “velhinhos transviados”. Nós, pais, não queremos perder os nossos filhos, mas estamos correndo o risco de perdê-los.

Se com poucos funcionários não se consegue fazer a colheita de uma messe, significa que são necessários muitos deles para se colher toda a plantação. Hoje, muitos fazem parte dessa “messe”, principalmente aqueles que procuram por seitas, terreiros de macumba e outros tipos de crenças. Nós somos “operários dessa messe” e precisamos ter a compaixão de Jesus, precisamos ter misericórdia e nos compadecer diante da situação desses jovens que se perdem nas drogas, na prostituição.

Infelizmente, não conseguimos ser “pastores das ovelhas” que estão em nossas casas, mas quando cuidamos das “ovelhas no quintal dos outros”, Deus providencia alguém para cuidar das nossas. Quem nos capacita é o Senhor, mas temos de ousar.

Você que está em formação, agora: Este é o tempo de se preparar para ser um “funcionário” para trabalhar na sua “messe”. Então, alegre-se e entusiasme-se, não tome posse do seu “cantinho”, abra-se a todo tipo de trabalho, tudo na intenção de não perder ninguém desse rebanho.

Senhor, coloque em nós a Sua compaixão pelas “ovelhas sem pastor”! Coloque em nós ardor diante da “messe” que se perde. Faça de nós evangelizadores, salvadores de almas! Nós precisamos ser “bons pastores”. Dê-nos, Senhor, a graça que queremos e de que precisamos. E daqui para frente, tendo a Sua misericórdia e esse ardor, que possamos nos entregar ao trabalho de evangelização. Senhor, faça-nos Seus operários. Amém.

Seu irmão,
Padre Jonas Abib

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