A missão da Rainha e Virgem Maria é a de interceder por nós
Quem é filho de rainha é príncipe ou princesa.
Aquele Menino nascido na gruta de Belém, totalmente indefeso e necessitado de tudo, cresceu e tornou-se o Rei dos reis, o Senhor dos senhores. É uma coisa incrível o que Jesus sofreu! Ele foi sepultado, mas como Ele mesmo havia anunciado, ressuscitou com glória e poder. Quarenta dias depois, subiu aos céus com um corpo ressuscitado e glorioso, esse é o nosso Deus. Nossa Senhora é Rainha por causa de Jesus, que é Rei.
No livro dos Reis, Salomão, quando tomou posse do reino, no lugar do seu pai Davi, mandou buscar mais um trono e fez a mãe, Betsabé, sentar-se a sua direita, porque seu lugar sempre foi ali. Ela era a rainha mãe, exercia a função de intercessora em todos os casos em que era necessário amor, perdão e conselho, porque Salomão era seu filho. Se você for olhar bem, Salomão era rei, porque Betsabé era a sua mãe.
Nossa Senhora está ao lado de Jesus por toda a eternidade. Maria também morreu. O Pai quis que ela seguisse todos os passos de Seu Filho Jesus. Ela morreu e foi sepultada, mas o seu corpo não foi decomposto, pois foi ressuscitada como Jesus. Ela está sentada ao lado do Senhor, da mesma forma que Betsabé estava ao lado de seu filho Salomão. A missão de Maria é interceder e rogar por nós. Tolos somos nós se não recorrermos a ela. Claro que Jesus é o Rei, mas ela é rainha e nossa intercessora.
Eu trouxe para esta pregação uma pedra que foi tirada da casa de Maria, onde o anjo disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”. Eu tive uma graça muito grande ao ganhar essa pedra. O reitor do Santuário da Anunciação de Nazaré esteve em minha casa e meu deu esse presente. A pedra é autenticada, um presente muito valioso; eu a guardo na minha capela, para me lembrar sempre das palavras que o reitor me disse: “A Canção Nova, que é casa de Maria, chegou à Casa de Maria”.
O nome inteiro da Canção Nova é: Canção Nova, a casa de Maria. O reitor, sabendo disso, porque ele é bem íntimo de nós, presenteou-nos com essa relíquia.
Nós não morremos ainda, mas já somos cidadãos do céu, somos da casa de Maria. Você não tem uma pedra dessa, mas habita na casa da Mãe, e uma dia estaremos na santa glória como Nossa Senhora.
“Com minha Mãe estarei no céu”. Muitos dizem que essa música é de defunto, mas ela é do céu.
O anjo entrou onde a Virgem Maria estava: “Alegra-te, cheia de graça!”. Estar “cheia de graça” significa ter a plenitude da graça de Deus. O anjo disse a Maria que ela possuía a plenitude de Deus, embora ainda não tivesse concebido o Menino.
O nome de Jesus, em hebraico, quer dizer: “Deus salva”, e o Seu Reino não terá fim. Tudo vai passar: dores, sofrimentos, lágrimas e decepções. Mil coisas dolorosas que enfrentamos, tudo vai passar.
Maria disse: “Como acontecerá isso, se não conheço homem algum?”. A sua preocupação era entender o que o anjo disse, porque era virgem; havia se guardado para José. Ela estava preocupada com o voto de castidade que fez. Com quatorze para quinze anos, ela já tinha essa maturidade.
Isabel, prima de Maria, era estéril, mas como para Deus nada é impossível, Isabel engravidou. Uma vez que para Deus nada é impossível, para nós também nada será impossível pela graça d’Ele. É isso que Maria quer que experimentemos. Uma vez que Ela está a nosso favor e ao lado do Senhor com o corpo glorioso, basta que Ela toque n’Ele com a mão do coração e fale com Ele.
Naquele momento, Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa Palavra”. Nós podemos acrescentar: “Então o verbo divino se fez carne e habitou entre nós”.
“Viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. Estava grávida, com dores de parto e gritava com ânsias de dar à luz. Viu-se outro sinal no céu; eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, sobre as suas cabeças sete diademas, sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, lançou-as sobre a terra; o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela a luz, lhe tragasse o filho. A mulher deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias” (Apocalipse 12,1-6).
Essa mulher, que a Palavra cita, é Maria. O dragão é o demônio, o grande adversário de Jesus, que queria acabar com Ele no ventre de Sua mãe. O demônio também é o grande adversário da mulher, pois ela gerou o Filho de Deus, cuidou d’Ele, foi aos pés da cruz e subiu aos céus. O céu fez e faz festa pela vitória de Jesus e de Maria. Já para o demônio, pouco tempo lhe resta, e ele sabe disso.
A cada dia, a vinda de Jesus se aproxima. Hoje, Ele está mais perto do que ontem, mas não tanto como amanhã. A vinda de Jesus está acelerada! Não saberemos quando será, mas o Senhor está acelerando a sua vinda. Nesse tempo, enquanto Ele não chega, o demônio está colocando todos os esforços para acabar com nossos filhos, com nosso casamento, com a Igreja e com cada um de nós.
Nós temos um inimigo, e ele é terrível! Por isso, diz a palavra: “Cuidado!”. Esse cuidado é para sermos mais cristãos ainda. Quanto mais velhos estamos, mais próximo de Jesus ficamos. Se Ele não vier, nós iremos até Ele!
Nossa luta é contra o demônio e as forças infernais. Temos de lutar sem parar, especialmente porque a vinda do Senhor se aproxima. Entre nessa batalha e coloque-se em luta, para que você seja cada vez mais cristão e consiga mais cristãos para Deus. Temos uma Rainha Mãe, temos uma intercessora, ela nos assiste e está ao nosso lado, mas quem luta somos nós.
Emuná é uma expressão do hebraico, que significa “um grito de fé daquele que crê”. Mais do que uma palavra expressada, é uma realidade que precisamos assumir. Nessa batalha, nossa oração a Nossa Senhora precisa ser cheia de fé e destemor, deve vir do profundo do coração. Cada um de nós precisa assumir esse verdadeiro clamor a Deus. Não é questão de gritar, porque não se vence pelo grito, mas é preciso que emuná em nós se torne um verdadeiro clamor ao céu, de onde vem a graça e a vitória. Estamos no combate da oração.
Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D’Onofrio.