Sejamos radicais na luta

Precisamos esclarecer aquilo que são as ciladas do inimigo de Deus. Até porque, o demônio gosta de ficar na surdina, para que pensemos que ele não existe. ÀS vezes, achamos que ele não está muito interessado em nós, que é um exagero falarmos dele.

Para entendermos como ele age, pensemos na ação desses espíritos como o ataque de um vírus que nos causa doenças. Nós estamos rodeados por vírus de todos os lados, ficamos doentes, gripados, e precisamos nos curar. O mesmo acontece com os espíritos malignos. Se, de alguma forma, formos contaminados pelo maligno, não poderemos deixar que esse “vírus” se espalhe.

A medicina mostra que os micróbios se alastram muito rápido pelo nosso corpo. Uma médica me ensinou que se tomarmos antibióticos de forma errada, este matará os micróbios adultos, mas os pequenos permanecerão em nosso organismo e começarão a se defender, ficarão mais resistentes. O resultado é que aquele antibiótico que tomamos, de forma errada, no início da doença, não terá mais poder sobre eles.

É assim que também o demônio age em nós. E não é só um demônio; eles são tão numerosos como os micróbios. São legiões de anjos que caíram com Lúcifer. Eles foram criados para ser anjos bons, de luz, mas se rebelaram como Lúcifer e, hoje, estão aí para nos atacar, nos levar para o inferno. Eles fazem de tudo para atacar os nossos sentimentos, as nossas vontades, o nosso corpo, a nossa fé, a nossa sexualidade. Atacam a nossa capacidade de sermos verdadeiros e sinceros, atacam a nossa bondade para sermos maliciosos e vaidosos. Atacam as mulheres para seduzirem os homens. Atacam os homens, desde pequenos, para que abusem da sexualidade.

Nós nem imaginamos como o maligno age! Precisamos exterminar esse vírus. Como me explicou a médica, não podemos tomar os remédios fora de hora, porque, se o tomarmos de maneira errada, as doenças mais fortes, os micróbios grandes morrerão, mas os pequenos permanecerão em nosso corpo e se alastrarão com muito mais força.

Com o pecado acontece a mesma coisa. Todas as vezes que cometemos um pecado, damos espaço para o inimigo agir em nossa vida. Mesmo não dando autoridade, ele entra em nós e se apodera de nosso corpo, prolifera e nos domina. Se não o exterminarmos pela confissão, ele continuará a crescer. É preciso confessar bem os pecados! Não aquela confissão que falamos só por cima e deixamos alguns “pecadinhos” para trás! Não adianta!

Se não “acertarmos” o ponto, acabaremos mal curados, e o demônio nos pegará em nosso ponto fraco. Se você confessa mal os seus pecados na sexualidade, cada vez mais o maligno dominará essa área em você. Não adianta confessar só por confessar, para comungar, porque você vai ficar mais fraco.

Há pessoas que têm o vício de mentir. Ela, quando confessa, conta seus erros por alto; talvez, até minta na confissão. Daí, o maligno vai tomando posse dessa área na vida das pessoas.

Aqueles que roubam descaradamente começaram com coisas pequenas. E isso tem se tornado um vírus perigoso, principalmente no Brasil. Pegam o dinheiro que não é deles, ficam com o dinheiro do grupo, da paróquia, da comunidade. Dizem que o vão repor, mas se “esquecem” disso. A vida deles começa a ficar toda atrapalhada e acabam virando ladrões de pequenas coisas. Eu não estou julgando, mas é um vírus que tem se alastrado pelo nosso país. Os grandes corruptos só se tornaram “grandes”, porque começaram a se corromper com pequenas coisas. Há muitas pessoas que começam a roubar dentro de casa, pegam bobagens, mentem, dão desculpas.

Outro vírus que nos “pega” muito facilmente é a nossa língua. Como ela se tornou caluniosa! Vivemos no meio de fofocas, comentando a vida dos outros. Dessa forma, vamos fazendo da nossa vida uma mistura e, quando vamos nos confessar, dizemos: “Apenas falei mal dos outros”. Esse tipo de “vírus espiritual” é diabólico, porque vai se tornando cada vez mais forte, adquirindo poder sobre nossas ações e fazendo de nós caricaturas de cristãos. Então, as pessoas olham para nós e dizem: “Ser cristão é isso? Pertencer a um grupo de oração é fazer isso?”.

Estamos vivendo aquilo que o Papa São João Paulo II disse: “A era da Nova Era”. Não podemos ser caricaturas de cristãos, não podemos admitir nenhum tipo de pecado. Jesus foi muito claro: “Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e não o achando, diz: “Tornarei para minha casa, de onde saí”. Chegando lá, acha-a varrida e adornada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele. Entrando, eles habitam ali, e o último estado desse homem é pior do que o primeiro. Quando o demônio sai da nossa vida, ele quer voltar. Eu garanto para você que quanto mais você lutar, mas ele vai querer voltar. E quanto mais você lutar, mais você se tornará um bom combatente, será mais resistente, mais forte.

Precisamos ser sérios, cuidar da nossa vida espiritual tanto quanto cuidamos da nossa vida biológica. Não podemos admitir o pecado na nossa vida! Chega! Basta! Isso não é sensacionalismo nem radicalismo, isso é ser simplesmente radical. Não podemos admitir o pecado na nossa vida, assim como também não podemos admitir o câncer.

“Sejamos radicais na luta”, disse monsenhor Jonas Abib

O inimigo é profissional em querer nos enganar, dizendo que não precisamos ser radicais contra o pecado, porque este é normal. Mas não é! Deus é Pai e nos ama, Ele sabe que os estragos do pecado são piores que qualquer tipo de doença. Deus diz: “Não faça isso! Não vá por ai!”. Precisamos ouvi-Lo.

Deus está nos convidando a uma vida nova, sem as velharias do passado e os maus hábitos, sem nenhum resquício do passado. Uma vida nova!

Eu o convido a renunciar ao pecado, a tomar posse da cura radical que o Senhor quer fazer. Se você não tem usado o sacramento da penitência, que é a confissão, retome-a. Confesse seus pecados. Se não puder se confessar imediatamente, comprometa-se a confessar rapidamente. Comprometa-se a erradicar o pecado na sua vida!

Pregação: “Radicais na luta”, mosenhor Jonas Abib.

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