Um cego tem sempre a audição aguçada. No Evangelho de Marcos 10,46-53, vemos que o cego Bartimeu, filho de Timeu, não podia ver Jesus, mas conseguiu ouvir quando Ele se aproximou, por isso começou a gritar: Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!. Bartimeu trouxe o Senhor para perto dele por meio de sua audição.
Podemos nos aproximar do Senhor pela audição, e um bom meio de fazer isso é pela música. Lembro-me de quando uma de minhas irmãs passou por uma situação desesperadora, que a levou a uma angústia muito grande. Ela foi casada por quatro anos, mas perdeu o marido. Em meio à angústia, ela saiu de casa como uma “doida”, porque não aguentava mais sua dor. Mas quando ouviu uma música, ela a reconheceu: Essa música é de meu irmão Jonas. Então, ela foi levada em direção àquela canção e acabou no grupo de oração.
O Senhor confiou Sua música aos músicos. Diante dessa multidão de pessoas “cegas”, Ele nos deu a graça da musicalidade para levarmos a Palavra até essas pessoas. Temos que cuidar da música que o Senhor nos confiou, porque Ele a utiliza para trazer as pessoas para perto d’Ele. Assim como aconteceu com minha irmã, pois a angústia a cegava, mas pela música ela foi tocada.
O inimigo está “cegando” as pessoas para as coisas de Deus, a fim de que elas não vejam as graças do Pai. E é justamente por causa dessa “cegueira” que o Senhor quer que usemos a música para atrair as pessoas para Ele. Deus chega até as pessoas por meio de canções, por isso é grande a nossa responsabilidade com a música d’Ele. O nosso valor não está nos CDs que produzimos e vendemos, mas nas pessoas que temos levado a Deus por meio das nossas canções, porque a música do Senhor é sagrada.
Precisamos ser lutadores para preservar a nossa consagração. Cada vez mais, precisamos ser consagrados ao Senhor e afastados do príncipe deste mundo. Quanto mais lutarmos para ser santos, mais a luta será dura, porque a nossa salvação é um risco para o inimigo. Por isso, ele não quer que sejamos músicos santos.
Músicos católicos carregam a Arca da Aliança. Se há outros que não pensam assim, na Canção Nova é assim que pensamos.
Quantos estragos o inimigo tem feito com a música brasileira! Ela é linda, é de Deus, pois foi Ele quem a deu para nós. Mas sabemos que o diabo a tem levado para a prostituição, para a profanação, porque há letras e melodias que são penetrantes. O Senhor quer eliminar esse tipo de música que está matando as canções d’Ele.
Meus irmãos, a música pode fazer milagres! E Deus pode realizar o impossível por meio dela. Nós precisamos tomar consciência disso! Não podemos deixar que o inimigo aborte a musicalidade que está sendo gerada, porque o Senhor quer usar dela para curar as pessoas.
Nós estamos diante de um Pentecostes da música. Vai acontecer um grande Kairos, e o avivamento vai acontecer a partir de nós, músicos católicos, por meio da nossa voz, do nosso coração.
Até mesmo pessoas que não entendem nada de música vão se unir a nós pela pregação querigmática. E os nossos irmãos que estão na cegueira virão até nós, assim como Bartimeu foi até Jesus. Por isso, precisamos ser santos, pois a nossa arma contra o inimigo é a santidade.
Deus vai fazer um grande reavivamento na nossa música, mas para isso precisamos viver a santidade. Ou santos ou santos!
Lembre-se de que músico sem Bíblia é como instrumentista sem instrumento. De que adianta o violinista sem o violão? Pior ainda é o cantor sem a voz!
Ouça o áudio dessa pregação:
Pregação ‘Ser músico é um dom de Deus’, monsenhor Jonas em 26 de outubro de 2003.
Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D’Onofrio.