Somos tentados pela riqueza e pelo poder

Quantos de nós somos tentados pela riqueza e pelo poder! Basta ver uma roupa da moda, um carro do ano, um emprego com o salário mais alto, e logo somos tentados a querer aquilo que nos é mostrado. Assim como nós somos tentados pela riqueza e pelo poder, o inimigo também tentou Jesus no deserto.

“O diabo o conduziu mais alto, mostrou-lhe num instante todos os reinos da terra, e lhe disse: ‘Eu te darei todo esse poder com a glória desses reinos, porque é a mim que ele foi entregue e eu o dou a quem eu quiser. Tu, portanto, se me adorares, tudo isso será teu’. Jesus lhe respondeu: ‘Está escrito: Adorarás ao Senhor, teu Deus, e a ele só prestarás culto'” (Lc 4,5-8).

Hoje, as pessoas se encontram tristes e frustradas, porque não conseguem saciar sua busca pela riqueza e pelo poder. Em vez de saciar sua alma em Deus, elas pensam em comprar e comprar, assim fazendo dívidas em cima de dívidas. Trabalham mais do que vivem.

O fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, diz em seu livro ‘Combatentes na provação’ que Jesus também foi tentado por satanás com as riquezas deste mundo. O inimigo, querendo ser adorado, ofereceu todo seu “poder” a Cristo; mas, hoje, ele o oferece para os filhos de Deus, os quais, muitas vezes, se deixam levar pelo poder sem que percebam o perigo que correm.

Padre Jonas acrescenta: “Todo aquele que serve ao diabo ganha muitas coisas. Mas, infelizmente, com o passar do tempo, ele descarta essa pessoa com tudo o que lhe deu. Adorar o diabo não é somente ficar de joelhos e fazer reverências diante dele. O inimigo não está muito interessado nisso. O que ele quer de nós é que sirvamos aos interesses dele, que entremos no seu jogo. Por isso, ele se agarra à nossa ambição, porque ela é desmedida”.

“Somos tentados pela riqueza e pelo poder”.

Quantos filhos reclamam e cobram a ausência dos pais, porque estes passam a maior parte do tempo no trabalho! E quando estão com os filhos, pensam que podem suprir suas carências lhes dando presentes e fazendo os caprichos deles. No entanto, o que os filhos esperam dos pais é serem ouvidos e amados.

Quando me refiro ao trabalho, não falo que ele seja errado; pelo contrário, ele precisa ser santificado. Mas não podemos fazer dele o centro da nossa vida. Nossa prioridade precisa ser sempre Deus, depois aqueles que o Senhor nos deu para cuidar.

Não pensemos que tendo o carro do ano, a roupa da moda, teremos a alegria que buscamos. A nossa alma só será saciada quando nos encontrarmos com o amor perfeito, que é Jesus.

Talvez você esteja se perguntando: “O que me falta para ser feliz? Tenho o melhor emprego, a melhor namorada (o), a (o) mais bonita (o), tudo o que quero”. Mas o que Jesus disse para o jovem rico, Ele diz a você: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!” (Mateus 19,21).

Possuir bens, ser rico, não é pecado. Mas se torna pecado a partir do momento em que o egoísmo e o apego a esses bens tomam conta do nosso coração, e damos prioridade a eles, em vez de priorizarmos o Senhor.

Monsenhor Jonas também alerta aqueles que estão no caminho de Deus: “Queremos ter, possuir. Nossa natureza humana não é melhor que a dos outros. Os que estão no caminho de Deus e trabalham para Ele são igualmente ambiciosos. Não sejamos ingênuos! A ambição existe também em nosso coração. Não podemos lhe dar regalias, não podemos lhe fazer concessões. Ela é traiçoeira. Você dá um “dedinho”, ela avança e toma a mão e o braço. Não podemos ceder nem um pouco! É preciso nos mortificarmos, sempre, em tudo. Essa é a condição para sermos vitoriosos; do contrário, seremos vencidos. A regra é nos mortificarmos”.

Por Jakeline Megda D’Onofrio
Comunidade Canção Nova

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.