É preciso que o filho seja devolvido à Mãe
Quando nos consagramos a Nossa Senhora, estamos realizando um ato jurídico, dando a ela aquilo que lhe pertence, pois somos dela. Todo filho pertence à Mãe, por isso é preciso que ele seja devolvido a ela.
Quantas vezes vemos questões jurídicas intrincadas, em que o juiz acaba devolvendo à mãe o filho que lhe pertence! É um direito mais do que natural, pois ela o gerou no seu ventre.
É preciso que nós, que somos filhos, sejamos devolvidos a Maria, que é nossa Mãe. É uma questão de direito. Justiça é dar a cada um o que lhe pertence. O filho deve ser devolvido à mãe, porque ele lhe pertence. É uma questão de justiça. Nós precisamos ser devolvidos a Virgem Maria, porque pertencemos a ela.
A Palavra de Deus, em Colossenses 1,15, nos diz que Jesus foi escolhido pelo Pai para ser o Primogênito de toda criatura, ou seja, o primeiro Filho no meio dos outros filhos. Na minha casa, por exemplo, eu sou o primogênito, pois tenho mais cinco irmãos.
No Seu maravilhoso plano, o Pai quis ter uma multidão de filhos, entre os quais quis que Jesus fosse o primeiro. Quando o Senhor projetou esse plano, precisava que Jesus e os Seus demais filhos tivessem uma Mãe.
Para que o Senhor fosse o Primogênito de todas as criaturas, era preciso que Sua Mãe fosse também a Mãe de todos os outros irmãos.
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
No pensamento de Deus, a primeira criatura projetada foi aquela que Ele escolheu para ser a Mãe de Seu Filho feito Homem e de todos os outros filhos. A primeira de todas as criaturas é Maria. Foi no alto do Calvário que Cristo acabou assinando não com a tinta, mas com o Seu Sangue, aquela escritura na qual declarava que Maria era nossa Mãe. São João testemunha esse fato no seu Evangelho:
“Vendo assim a sua mãe, e perto dela o discípulo que ele amava, Jesus disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí o teu filho’. A seguir, disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe’.” (João 19, 26-27a)
Nosso Senhor Jesus Cristo estava realizando uma questão jurídica. Ali, no Calvário, Ele assinava com Seu Sangue derramado e promulgava com a Sua Palavra do alto da cruz: “Mulher, eis aí o teu filho, eis a tua mãe”. Estava falando em linguagem jurídica romana, porque era preciso fazer o documento e promulgá-lo.
Desde toda a eternidade, desde que Deus é Deus, desde que o Pai concebeu esse plano maravilhoso, de que Seu Filho viria a este mundo, chamaria Jesus e seria o Primogênito de toda criatura, Maria já era a escolhida d’Ele para ser a nossa Mãe.
Preste atenção: Para ser a nossa Mãe, desde toda a eternidade, Maria já tinha sido escolhida pelo Pai. Mãe de Jesus, nossa Mãe e de todos os nossos irmãos.
Proclame:
“Eu pertenço a Maria desde toda a eternidade. Desde quando o Pai concebeu esse lindo plano no qual Jesus seria o Primogênito no meio de uma multidão de irmãos. O Pai já escolhera Maria para ser a Mãe de Jesus, e Mãe de todos os meus irmãos. Muito obrigado, ó Pai, pela linda escolha. Desde toda a eternidade, antes que eu existisse, Maria já era minha Mãe e eu o seu filho.
Seu irmão
Monsenhor Jonas Abib
(Trecho extraído do livro “Maria, mulher de Gênesis ao Apocalipse”, de monsenhor Jonas Abib).
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