Tornemo-nos íntimos do Senhor

“Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar. Levou-me à casa do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor. Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, porque desfaleço de amor. A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace.” (Cânticos 2,3-6)

Note a atitude descrita no versículo: “A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça e a sua mão direita me abrace”. O Senhor deseja que entremos na Sua intimidade. E a coisa mais preciosa para todos nós é nos tornarmos íntimos d’Ele. Por outro lado, para que criemos intimidade com alguém é necessário que dediquemos tempo à outra pessoa. Não há outra maneira de nos fazermos íntimos de alguém se não houver empenho e dedicação de nossa parte.

Deus quer viver com todos nós uma intimidade de amor. Ele deseja que experimentemos o Seu amor e vivamos essa experiência de amá-Lo também.
Entenda que o Senhor quer que nos deixemos amar por Ele para que possa cultivar esse amor em nós.

O Pai quer criar laços conosco, mas para que isso aconteça é necessário que dediquemos tempo para estarmos com Ele. Pensamos em fazer várias coisas para agradar o Senhor, porque é o jeito que as coisas nesse mundo acontecem. Normalmente, somos aprovados e queridos por alguém quando fazemos as coisas boas e certas. De certa maneira, as pessoas esperam isso de nós. Assim, temos a aprovação delas por aquilo que fazemos.

“Deus quer nos ensinar a ter um coração de pastor”, ensina monsenhor Jonas.

Dessa forma, parece que há uma ânsia dentro de nós para agirmos com o Senhor do jeito que agimos com as pessoas. Queremos a Sua aprovação e podemos pensar que somente seremos amados por Deus quando fizermos uma porção de coisas para Ele. Parece que temos de provar nosso amor por fatos e ações para que, então, Ele nos ame. Mas hoje o Senhor vem nos ensinar que não é assim e nos mostrar as coisas que O agradam. Ele vai dar muita fecundidade para o nosso trabalho, o qual será resultado da nossa intimidade com Ele.

Tenhamos a certeza de que metade daquilo que fazemos ao longo do dia não produz grandes resultados. Mesmo quando gastamos energia e dedicação para fazer bem aquilo que tínhamos nos proposto a fazer, apenas uma parcela muito pequena daquilo que fazemos tem fecundidade. Muitas vezes, na Igreja nos é pedido para fazermos muitas coisas, até nos “desafiam” a fazê-las. Naturalmente, para provar que somos de Jesus, que somos ativos na Igreja, acabamos entrando num ativismo sem precedentes. Mas, infelizmente, quando passamos tudo isso na peneira, muito pouco tem substância.
Então, porque não fazer o contrário? Ao invés de gastarmos tanto tempo fazendo muitas coisas, porque não empregar esse tempo buscando a intimidade com o Senhor? Dessa forma, aquilo que fizermos terá eficácia.

Eu sei que você tem muitas obrigações para fazer em casa como cuidar dos filhos, as incumbências na sua paróquia… Mas o Senhor quer nos ensinar um outro caminho. Ele quer que ajamos em outros moldes fora daqueles que estamos acostumados a viver.

Deus quer nos ensinar a ter um coração de pastor. Ele quer fazer com que a Sua mão esquerda esteja debaixo da nossa cabeça, e a Sua mão direita nos abrace. Ele deseja que sejamos aconchegados em Seu peito, tal como João fez na Última Ceia, deitando-se no peito do Senhor.

Precisamos aprender a partir daquilo que vem do coração do Pai.

Ouça mais sobre essa pregação dirigida aos líderes da Renovação Carismática Católica em agosto de 2008.

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