Na oração em línguas, quem ora em nós é o Espírito Santo. Não sabemos orar, então nos colocamos na presença de Deus e realizamos a nossa parte que é emitir os sons. Quem se põe diante de Deus por nós, como nosso advogado, é o Espírito Santo.
Assim como um advogado sabe falar com o juiz, o Espírito Santo sabe falar com Deus Pai e com Jesus. Assim como um advogado, conhecendo bem sua situação e os riscos que você corre, emprega os termos corretos para defendê-lo, o Espírito Santo apresenta sua situação e, com palavras mais corretas, o defende diante de Deus. Essa é a atitude fundamental do intercessor.
Realmente, não sabemos como orar, mas o mesmo Espírito Santo intercede por nós com gemidos inefáveis. A palavra “inefável” é derivada de um verbo latino e quer dizer “aquilo que não se pode exprimir em palavras”. São gemidos que não podemos traduzir, falar ou explicar, porque não são resultado da mente humana. É o próprio Espírito Santo orando em nós.
“E Aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus” (Romanos 8,27).
Deus Pai e seu Filho Jesus perscrutam o coração. Eles sabem o que o Espírito Santo está pedindo. Por esta razão, Ele [Espírito Santo] é o nosso intercessor, nosso advogado, em primeiro lugar. Ele não pede as “coisinhas” limitadas que costumamos pedir, mas sim as grandes coisas e graças que Deus sabe de que precisamos.
Somos intercessores por nossos próximos, mas o intercessor em nós é o Espírito Santo. Oremos no Espírito e oremos também com a inteligência. Nossa oração é essencial na intercessão, mas a oração em línguas se torna fundamental, porque é o próprio Espírito Santo de Deus orando em nós, e Ele sabe como fazê-lo.
Clamemos: Vinde, Espírito Santo!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib