A plenitude do amor

Meus irmãos, tomo a liberdade de, hoje, utilizar um texto de Santo Agostinho, retirado da Liturgia da Horas, para nossa reflexão.

“Irmãos caríssimos, o Senhor definiu a plenitude do amor com que devemos amar-nos uns aos outros, quando disse: ‘Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a sua vida pelos amigos’ (Jo 15,13). Daqui, conclui-se o mesmo que o evangelista João disse em sua epístola: ‘Jesus deu a sua vida por nós. Portanto, também nós devemos dar a vida pelos irmãos’ (I Jo 3,16), amando-nos verdadeiramente uns aos outros como Ele nos amou, até dar a Sua vida por nós”.

É, certamente, a mesma coisa que se lê nos Provérbios de Salomão: “Quando te sentares à mesa de um poderoso, olha com atenção o que te é oferecido; estende a tua mão, sabendo que também deves preparar coisas semelhantes” (cf. Pr 23,1-2).

Ora, a mesa do poderoso é a mesa em que se recebe o Corpo e o Sangue d’Aquele que deu a sua vida por nós. Sentar-se à mesa significa aproximar-se com humildade. Olhar com atenção o que é oferecido é tomar consciência da grandeza desta graça. E estender a mão, sabendo que também se deve preparar coisas semelhantes, significa o que já disse antes: assim como Cristo deu a Sua vida por nós, também devemos dar a nossa vida pelos irmãos.

(Trecho do Tratado sobre o Evangelho de São João, de Santo Agostinho)

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib

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