Todos nós passamos por situações dolorosas que nos marcam muito. Por isso, ficamos magoados. São situações que envolvem pessoas, instituições, acontecimentos… Pode ser até que tenhamos nos magoado com Deus!
Quantas vezes perguntamos: “Por que Deus fez isso? Por que Ele me colocou nesta família? Por que me tirou um ente querido? Por que levou para longe alguém que eu tanto amava?” São tantos os porquês… São situações que não aceitamos. Não conseguimos entender e, por isso, ficamos magoados com Deus. Talvez até pensemos que nosso motivo é justo.
Mas veja bem: esse “ficar sentido com Deus” é como um coágulo dentro das veias do nosso coração: ele impede o fluxo de sangue. A falta de perdão impede a graça do Senhor. Por isso, Ele quer nos libertar! Quer “arejar a casa”. Jogar fora o lixo significa colocá-lo aos pés da cruz de Jesus, para que este possa ser queimado. O lugar desse lixo não é seu coração, é aos pés da cruz de Jesus Cristo! Não é em seu coração, é no coração de Jesus.
Esse convite ao perdão não é uma imposição. Você poderia dizer: “Além de tudo que eu já passei, ainda sou obrigado a perdoar?!” Não! Deus quer lhe dar a graça de retirar de seu coração tudo o que está estragado.
É preciso viver o perdão em sua plenitude. E para viver bem essa proposta é preciso ter fé e confiança em Deus. Infelizmente acabamos separando as duas coisas. Compreenda: são graças que se complementam. Uma é ligada à outra. A fé nos leva à confiança; e a confiança, para existir, exige a fé.
“Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete'” (Mateus, 18, 21-22ss).
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib