Os fariseus criticam Jesus por tudo, por conta do jejum, das companhias, por Ele e os discípulos pegarem espigas de trigo e também pelo Senhor operar curas num sábado. Para eles era pecado fazer muitas coisas nesse dia.
O Evangelho mostra Jesus na sinagoga com os escribas. Estes estavam atentos para ver se o Senhor iria curar alguém num dia de sábado. Percebendo o que eles estavam pensando, Cristo os provoca e chama aquele homem enfermo (cf. Marcos 3, 1-12) para o meio da sinagoga e lhe pede que estenda a mão e, imediatamente, esta fica curada. Percebendo que todos O condenavam, o Senhor fica cheio de ira e de tristeza por ver a dureza do coração deles.
Assim, não sabemos quem era mais doente: se o homem da mão seca ou aqueles escribas, fariseus, doutores da lei, pessoas que ensinavam e conduziam o povo dentro dos caminhos de Deus. Qual doença era pior: uma mão entrevada ou um coração endurecido? Meus irmãos, hoje é o dia em que Jesus quer operar as duas curas. Pois os sofrimentos, principalmente a nossa má vontade, a nossa pouca fé e os nossos pecados vão endurecendo os nossos corações. Por descuido, ressentimentos, decepções, maldades, raivas, rancores cultivados e vingança, nós acabamos ficando com o coração endurecido, e isso, muitas vezes, se reflete no físico. Mas o Senhor quer nos curar. Basta abrirmos o coração e deixarmos de agir como os fariseus.
Reze comigo: “O Senhor quer curar o meu coração endurecido. Eu preciso, Senhor. Talvez eu nem tenha percebido até hoje como o meu coração estava insensível. Cura, Senhor, o meu coração endurecido”.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib