A Eucaristia é o mistério da pobreza. Não somente Cristo se mostra numa extrema pobreza, mas veio do Céu em auxílio a nossa pobreza. Ainda hoje, o Céu continua a vir em auxílio da nossa pobreza, todos as vezes em que Jesus se dá a nós na Eucaristia.
Necessitamos da Eucaristia a cada dia, por causa das nossas dúvidas, da fraqueza da nossa fé e para que nos firmemos no caminho de Deus e em Seus mandamentos. A Eucaristia é uma necessidade para nossa pobreza.
A Igreja precisa da Eucaristia, pois é santa e pecadora; ela é pecadora, porque fazemos parte dela. Somos o corpo de Cristo e , por causa da nossa pobreza, empobrecemos a Igreja. Por causa do nosso pecado, fazemos a Igreja pecadora.
A Igreja Católica é a imagem do amor do Pai, pois não põe, para fora, ninguém que comente pecado. Ao contrário, ela recebe o filho pecador, o filho pródigo, de braços abertos.
Mesmo com os nossos pecados, não deixamos de ser filhos
A Igreja continua sendo mãe e continuamos sendo filhos. Ela não põe ninguém para “fora de casa”, não faz nenhum julgamento e não condena ninguém como réu. Como a Igreja, nós também precisamos ser cheios de misericórdia: por isso, necessitamos da Eucaristia.
A Eucaristia foi instituída para ser elo de união entre nós. É preciso celebrar na Eucaristia a nossa união: Santo Agostinho diz a este respeito: “Ó sacramento da piedade! Ó sacramento da unidade! Ó vínculo da caridade! Quanto mais dolorosas se fazem sentir as divisões da Igreja que rompem a participação comum à mesa do Senhor, tanto mais prementes são as orações ao Senhor para que voltem os dias da unidade completa de todos os que nele crêem.” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1398)
Não podemos celebrar a Eucaristia alimentando mágoa no coração, porque a Ceia do Senhor é a Ceia do amor e da unidade. Como o próprio Jesus disse, é preciso que deixemos nossa oferta no altar e voltemos para nos reconciliar com nosso irmão.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib