Não se pode deixar a natureza humana livre, fazendo o que quer. Atente para esta comparação: não é verdade que num terreno é muito fácil crescer mato? Você tem de lidar muito para acabar com essas ervas daninhas, para que possa fazer um canteiro, e plantar verduras que lhe sejam úteis. O mato, porém, nem é necessário ser plantado. Se não se tomar cuidado, ele cresce no meio das hortaliças e flores que você plantou, e acaba por sufocá-las. O mesmo acontece com nossa natureza humana. Livre, ela é como o mato. Por esta razão, precisamos crucificar nossa carne com suas paixões e seus desejos. Há muitos cristãos que pensam que isso é exagero, é trucidar-se. Mas, repare no capítulo 5, versículo 24, de Gálatas: Os que pertencem a Cristo crucificaram a carne com suas paixões e desejos.
Os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões e seus desejos. E crucificar quer dizer crucificar. Pegar a enxada e hoje, amanhã e depois de amanhã cortar o mato de sua vida. Se não fizer isso, ele vai crescer. E todos os frutos da carne vão florescer em você: libertinagem, impureza, devassidão, idolatria, magia, ódios, discórdia, ciúme, cólera, rivalidades, dissensões, facções, inveja, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes [cf. Gálatas 5,19-21]. Por isso, a vida cristã é um contínuo combate. Não apenas um combate exterior, mas principalmente interior. É preciso combater nossa natureza humana, não deixá-la livre; ao contrário, devemos podá-la e crucificá-la.
Mas como fazer isso? A Palavra de Deus nos ensina no versículo 16 dessa mesma passagem bíblica [Gálatas 5]: Andai sob impulso do Espírito e não façais mais o que a carne deseja. Devemos encher-nos do Espírito Santo, permanecer embriagados d’Ele e lhe dar livre acesso, para que produza todos os frutos d’Ele em nós, os quais estão muito bem expressos no versículo 22 da mesma passagem: Mas eis o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, benevolência, fé, doçura, domínio de si; contra tais coisas não há lei. Quanto mais deixarmos que Ele produza esses frutos em nós, tanto mais os frutos da carne vão desaparecendo pouco a pouco.
Portanto, se você vive pelo Espírito, ande também de acordo com Ele. Essa é a diferença de ser cristão. Vale a pena!
seu irmão,
Padre Jonas Abib