O alimento da vida eterna

O mundo está nos empurrando para o lado errado. Mas não podemos relaxar, afrouxar; ao contrário, a nossa vida cristã é uma luta constante, estamos continuamente lutando contra a correnteza. Eu sei que é duro lutar contra tudo isso, mas é o jeito que Deus quer. Não que nós queiramos sofrer, ficar lutando, mas mesmo nós, que tivemos a graça de uma conversão, sabemos o que vivíamos antes de nos entregar ao Senhor e dar a nossa vida a Ele. Deus vem nos alertar. Por um lado, precisamos progredir na Palavra, por outro lado, temos de remar ao contrário do jeito que o mundo vive, porque ele não nos leva à felicidade.

No final dos tempos, o Senhor vai separar o mal do bem, o joio do trigo. Há muito trigo debaixo do joio, mas nós estamos sufocados por ele. “Vinde, Senhor Jesus, para que essa separação aconteça o mais rápido possível, porque este mundo está se tornando inabitável”.

No Evangelho, Deus multiplica os pães e os peixes. Jesus dá de comer àquela multidão, mas percebe que os apóstolos estavam no meio dela, entusiasmados porque queriam que Deus proclamasse a libertação deles, mas Jesus diz que o Reino d’Ele não é desse mundo. Então, Ele obriga os discípulos a ir embora.

Quando chegaram e encontraram Jesus em Cafarnaum, Jesus lhes disse: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará” (Jo 6,26-27).

Jesus, nessa passagem, já está falando sobre a Eucaristia, na transformação do sangue e do pão, no seu Sangue e no seu Corpo.

“A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou” (Jo 6,28). Em outras palavras, Ele está pedindo para que acreditassem n’Ele. Era uma ousadia necessária, porque as pessoas pensavam que Ele tinha vindo para virar a mesa. A história tem nos mostrado que o oprimido, quando vira a mesa, torna-se um opressor. O que resolve é o que este Salmo diz:”Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo” (Sl 118,23).

Acreditando no Filho de Deus, temos força e coragem. É necessário vivermos assim. Ou partimos para o heroísmo cristão ou perecemos. Opte pela santidade, pelo heroísmo.

“Senhor, eu quero, sinceramente, viver do seu jeito, eu quero progredir na sua Torá, no seu modo de viver. Eu preciso viver heroísmo, preciso viver santidade. Eu quero, Senhor. Dá-me a graça”.

seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

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