Orar no Espírito parece-nos algo tão insignificante. Mas lembremo-nos do orvalho, que também passa despercebido aos nossos olhos. Orar em línguas não satisfaz a nossa inteligência, nem os nossos sentimentos.
Preste atenção: perguntaram a Lúcia, uma das videntes de Fátima, qual era o gosto da comunhão que recebera do anjo. Com simplicidade, ela respondeu: Tinha gosto de pão.
Igualmente quando cantamos ou oramos em línguas, não sentimos nada. Não acontece nada de especial em nosso intelecto. Pelo contrário, esse dom humilha a nossa inteligência. Mas que maravilha! Quando oramos assim, somos instrumentos de Deus para derramar sobre a terra esse orvalho vivificante, capaz de produzir tanta vida a ponto de ressuscitar os mortos! Teus mortos, porém reviverão! Seus cadáveres vão se levantar! Acordai para cantar, vós que dormis debaixo da terra! Pois teu orvalho é orvalho de luz e a terra restituirá à luz seus mortos (Is 26,19).
É preciso fazer cair esse orvalho sobre a face da terra, sobre as famílias. É preciso orar e cantar em línguas. Se você sofre com a infidelidade no casamento, ore e cante em línguas no seu leito nupcial em vez de chorar pela dor da situação. Tenha certeza de que o orvalho vivificante do Espírito Santo será derramado para ressuscitar seu casamento.
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib