O Filho de Deus fez-se Homem

Nos primeiros séculos, surgiu uma heresia. Distinguia-se e separava-se a natureza divina da natureza humana de Nosso Senhor Jesus Cristo, como se fossem duas pessoas distintas: o Jesus Homem e o Jesus Deus. A teologia católica sempre defendeu duas naturezas: a humana e a divina na única pessoa de Cristo. A Igreja sempre ensinou que o Filho de Deus assumiu a natureza humana no ventre da Virgem Maria, por obra do Espírito Santo, e Deus feito homem nos salvou.

Diante daquele erro, a Igreja estremeceu, porque estava em risco a própria verdade sobre a nossa salvação. Se eram duas pessoas distintas, o Filho de Deus e a pessoa humana de Jesus, que nasceu da Santíssima Virgem e morreu por nós na cruz, como poderia acontecer a nossa salvação? A mesma heresia, que se espalhou, afirmava que Maria era a mãe de Jesus Homem e não mãe do Filho de Deus.

Isso era tão grave que, no ano 431, a Igreja se reuniu para um Concílio em Éfeso. Discutiram muito, oraram muito, pediram luzes ao Espírito Santo; foram à Palavra, ao ensino dos apóstolos e, por fim, a Igreja chegou a uma conclusão: o Filho de Deus fez-se Homem. São duas naturezas: a humana e a divina, mas numa única pessoa. E Maria, portanto, é a mãe dessa pessoa que é Deus e Homem.

Ao ser lida a bula de proclamação dessa verdade, o Papa, que estava ali à espera da decisão dos bispos, pôs-se de joelhos no chão e disse, numa exclamação que veio de dentro do seu coração: “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores [porque estavam duvidando dela], agora e na hora da nossa morte”, e toda a assembleia pronunciou: “Amém!”. Naquela noite, os religiosos, ali reunidos, saíram em procissão, com tochas e velas, cantando e orando para que todos soubessem da verdade.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

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