“Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Sl 48). Meus irmãos, esta é a primeira bem-aventurança. Os pobres de espírito são o oposto dos soberbos e arrogantes, porque são humildes e penetram na realidade do Reino de Deus.
Nós percebemos, irmãos, o quanto precisamos de mudança, de transformação. O próprio João, que foi “o discípulo amado”, tinha no coração uma “riqueza” de espírito, chegando a fazer um grupinho com os outros apóstolos, como se eles fossem “os queridinhos” de Jesus. Mas, ele foi mudando a ponto de se tornar o discípulo do amor: tornou-se amor nas suas palavras, nos seus gestos, naquilo que era e fazia. Se ele precisou de toda essa mudança, imagine como nós também necessitamos dela! Como o nosso coração precisa ser mudado e possuído pela primeira bem-aventurança!
Por isso, o Senhor tem tido paciência conosco, pois sabe que não mudamos de uma hora para outra. O bem está em nós, mas precisa ser lapidado, e isso vai tirar pedaços, vai doer. Para mudarmos, o Senhor permite que nos aconteçam situações de humilhação. No fundo, meus irmãos, precisamos do nosso próprio esforço e também que Cristo permita a nossa humilhação para que tenhamos um coração novo, humilde como o dEle.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib