O Senhor abomina os 'sepulcros caiados'!

Você deve conhecer a expressão “santo de pau oco”. Deus não se agrada daqueles que tentam enganá-Lo ostentando uma falsa imagem de santidade. O Senhor não se deixa enganar. Seus valentes guerreiros precisam ser formados na essência do Evangelho. O Senhor não se satisfaz com exterioridade, pois Ele abomina os “sepulcros caiados” (cf. Mateus 23,27). Ele quer dar-nos um coração novo e um espírito novo; quer formar-nos discípulos segundo o Seu coração.

A cólera, a ira e o rancor – nutridos no coração – vão levar-nos a muitas atitudes erradas, até mesmo ao homicídio. A semente está nos sentimentos, e Jesus quer atingi-la, não apenas as consequências que virão. Ele quer ir ao seu coração e cauterizar a causa de todos esses sentimentos negativos. E vai além: Ele quer lhe dar um coração semelhante ao d’Ele: um coração manso, humilde, bondoso, paciente, cheio de amor. Isso não depende só de nosso esforço, mas sim, da graça de Deus que quer nos dar essa graça [de um novo coração]. O que fazemos é aceitar, cooperar, abrir o coração.

Ensinaram-nos a pagar o mal com o mal, o desaforo com o desaforo, a ofensa com a ofensa. O Senhor quer mudar tudo isso! A tentação havia nos convencido de que esse tipo de santidade não existia, de que era utopia, ilusão e não devíamos ser presunçosos a ponto de querer conquistá-la. Mas a grande realidade é que o Altíssimo quer que cheguemos lá, que passemos além. Ele nos quer no caminho da santidade. Nosso Senhor Jesus Cristo completa essa ideia nesta passagem, dizendo-nos: “Sereis perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste” (Mateus 5,45).

É uma ordem e uma afirmação. Esse é o propósito de Jesus para nós. Só não o conseguiremos se não quisermos, se não cooperarmos! É como o artista que pega barro e com ele faz coisas maravilhosas: um prato, um vaso, uma estátua. Deus é o Artista por excelência. Ele quer pegar o “barro” que somos. Não é o barro que vai dizer o que será feito dele, e sim, o artista. Não podemos – como “barro” que somos – dizer ao Senhor: “Eu não posso, não consigo!” Não somos nós que decidimos. Quem decide o que fazer do “barro” é o Artista! Nossa parte é deixar-nos trabalhar pelo Senhor. Ele decidiu: “Sereis perfeitos”. O Todo-poderoso quer nos levar além de nossos limites: “Sereis perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Nossa parte é deixar-nos trabalhar.

Entregue-se agora como barro nas mãos do Oleiro!

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

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