Sabemos que haverá um tempo em que a celebração da missa será proibida. Alegarão que a Eucaristia é apenas um símbolo da presença do Senhor e que não há necessidade de celebrá-la.
Aqueles que insistirem e, pela fé, continuarem a celebrar a Eucaristia serão perseguidos. Portanto, chegará um tempo em que nós teremos que celebrá-la às escondidas.
No tempo do nazismo, nos campos de concentração e nas prisões, sacerdotes arrumavam um pedaço de pão que guardavam da refeição, buscavam vinho clandestinamente e, durante a noite, às escondidas, celebravam a Missa.
Os primeiros cristãos tornaram-se fortes por causa da Eucaristia. Eles se reuniam para celebrá-la, mesmo correndo risco. Enfrentavam o martírio por causa dela, como aconteceu com o mártir São Tarcísio.
Precisamos de uma fé reavivada. Precisamos crer que na Eucaristia está o Corpo e o Sangue de Jesus, ressuscitado. Está o Jesus que veio uma primeira vez, para realizar a nossa redenção, e que está voltando para consumar a redenção de todos. Estaremos nos preparando para a segunda vinda do Senhor, fortalecendo-nos com Seu Corpo e Sangue.
É o que anunciamos em cada Missa, logo depois da consagração do pão e do vinho: “Anunciamos, Senhor, a Vossa morte e proclamamos a Vossa ressurreição, Vinde, Senhor Jesus!” Chegará o dia em que sofreremos perseguições por causa da Eucaristia. Voltaremos à mesma situação dos primeiros cristãos. Seremos julgados, presos e condenados à morte.
Nos países marxistas, durante o tempo da cortina de ferro, muitos cristãos, católicos e protestantes, foram presos e mortos. Sacerdotes e leigos testemunharam a terrível perseguição que sofreram. Isso não deve nos assustar, mas servir para nos alertar: o tempo de nos fortalecer é agora. Quando chegarem esses tempos difíceis, quem for forte agüentara. Quem não se fortaleceu terá perdido a chance e correrá o risco de negar Jesus, o Evangelho e a própria fé.
Esse é o tempo de redespertar nossa fé! Chegará o tempo em que teremos de celebrar a Eucaristia às escondidas, como fizeram os primeiros cristãos e os nossos irmãos durante a última guerra e os que estiveram sob o regime marxista. Esse tempo, porém, será lindo. Receberemos uma força e uma fé extraordinárias. É isso que nos dará a coragem de sermos mártires. É isso que nos levará a não renunciar à fé e não negar aquilo que somos.
Quando chegarmos a Céus Novos e uma Terra Nova, seremos a Igreja totalmente renovada: a Igreja que passou pelo sofrimento, que passou pelo fogo,que passou pelo martírio. Por isso: o tempo de adquirirmos força é agora.
Quando Jesus vier em Sua glória, triunfando sobre tudo e sobre todos, as Missas estarão acontecendo. Por causa do “pequeno resto” fiel, a Missa nunca deixará de ser celebrada na face da Terra.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib