Quem ama, renuncia

Todos nós temos falhas e defeitos. Mas não se pode jogar no lixo a honra, o nome, o chamado, a eleição e a escolha do irmão. Não se pode fixar o olhar somente nos erros e defeitos dele. Ainda mais quando esse irmão é nosso companheiro de caminhada, companheiro de batalha. Estamos no mesmo combate. Na mesma “tropa de elite”. E não estamos prontos. Todos estamos em fase de “treinamento” e “em construção”. Por isso, temos de mudar nossa vida para que possamos dar à Igreja a contribuição de que ela precisa.

“Não tenhais nenhuma dívida para com quem quer que seja, a não ser a de vos amardes uns aos outros; pois aquele que ama o seu próximo cumpriu plenamente a lei” (Rm 13:8).

O “amar ao próximo como a si mesmo” é a luz refletida. É a própria luz do amor de Deus que “rebate” em nós e reflete nos outros. O “amor” egoísta que chega às raias de ser egocêntrico, centralizando tudo em si mesmo, não tem luz; é opaco. Já o amor autêntico, aquele que Jesus nos ensinou, o “amai-vos uns aos outros” é luz refletida: nós amamos porque Deus nos amou primeiro (cf. I João 4,10-11).

No entanto, o que a chamada “Nova Era” nos ensina é que precisamos nos amar a nós mesmos primeiro, para depois poder amar o próximo. Contudo, nós estamos cada vez mais egoístas, individualistas, egocêntricos e tristes. Os egoístas são infelizes porque são insaciáveis, buscando sempre o melhor para si.

Fomos feitos para o amor, para a comunhão. A verdadeira regra é esta: o primeiro é Deus, em segundo o próximo, eu sou sempre o terceiro. É nisso que consiste a verdadeira felicidade. Os maiores gestos de amor são os mais sofridos, pois o amor exige renúncia, generosidade, altruísmo.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

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