Muitos ficaram decepcionados com o pai, por ser muito autoritário, bruto, frio, ausente e irresponsável, ou por beber e causar mil transtornos. A figura do pai é muito importante para nós. Ele representa apoio e sustentáculo. Se nos decepcionamos com ele, é como se ficássemos “sem chão”; não temos onde nos firmar.
Muitos ficam decepcionados com os irmãos, com os filhos, com os parentes, com os empregados, com a empresa… Decepção sobre decepção.
Se deixamos água ou qualquer coisa úmida no ferro, ele enferruja. A ferrugem atinge o ferro e o corrói. Se você passa o dedo naquele local, verifica que ela já fez até um buraco. A mesma coisa acontece com o nosso coração, pois a decepção é corrosiva. Enquanto a água está ali, a ferrugem está corroendo. Enquanto a decepção, o ressentimento e a mágoa estão no coração, ele também vai sendo corroído. Por isso, a receita de Jesus é o perdão.
Talvez, pensemos que perdoar seja uma exigência demasiada ou até que isso é impossível para nós, mas perdoar é como tirar a água que está corroendo o ferro, basta que você consiga enxergar o propósito maior, a finalidade dessa ação.
Perdoar não quer dizer que a pessoa perdoada está certa. E nós, por estarmos perdoando, não estamos admitindo que erramos. Pelo contrário, você sabe que a pessoa cometeu um erro, mas decide perdoá-la. Assim, está liberando o seu coração, retirando-o da mágoa e do ressentimento.
Deus o abençoe!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
(Trecho extraído do livro: “Combatentes no Perdão” de Monsenhor Jonas Abib)