Ser padre e ser pai: A grande graça da minha vida

No mês de agosto, celebramos no segundo domingo o dia dos pais; mas, também no dia 4, festa de São João Maria Vianney, celebramos o dia do padre.

Não deixe de cumprimentar e se fazer presente, principalmente pela oração, ao padre da sua paróquia, capela, comunidade e todos os padres que Deus colocou no caminho de sua vida. É o mínimo que podemos fazer em gratidão àqueles que o Senhor escolheu para serem nossos pais e pastores.

No decorrer do meu caminho, Deus foi colocando inúmeros padres que marcaram a minha vida, alguns deles verdadeiros santos, que me foram modelo e impulso para eu caminhar rumo ao sacerdócio.

Destaco aqui o padre Geraldo Martinelli: pelo seu jeito de ser e de agir como sacerdote, quando eu estava ainda no curso primário, ainda tão menino, já me decidi: eu quero ser padre, mas do jeito do padre Martinelli.

Tenho, graças a Deus, 43 anos de sacerdócio e posso dizer: nunca me arrependi, nunca pensei em voltar atrás. Sou feliz como padre, realizado e disposto a ser cada vez melhor.

Digo a todos, mas especialmente aos jovens: ser padre é bom demais!

Quando recebi o diaconato, o último passo antes da ordenação sacerdotal, quando fui abraçar minha mãe, ela estava chorando. Então perguntei: – “Por que a senhora está chorando assim?” Ela me respondeu: -“Você escolheu um caminho muito difícil, meu filho. Você vai sofrer muito… Mas foi isso que você escolheu… Deus o abençoe”. Abracei minha mãe mais apertado ainda e me recordei do que a mãe de Dom Bosco lhe disse – “Começar a ser padre é começar a sofrer”.

As duas mães tinham toda razão. Posso afirmar: o sofrimento sempre fez parte e sei que continuará fazendo da minha vida de padre. Mas nada disso tirou e vai tirar a felicidade e a realização de ser padre. Sou feliz!

Muito feliz! Realizado! Cada vez mais realizado!

A palavra padre quer dizer pai. Todo padre é pai. Deus, porém, me concedeu uma graça especial: os consagrados na nossa comunidade Canção Nova me tem como pai; me amam e me tratam como pai. Eu também os amo e os acolho como verdadeiro pai. É uma paternidade espiritual, mas muito concreta e real. É uma grande graça! Uma imensa alegria!

Além disso, na nossa grande família Canção Nova, uma imensidão de pessoas me querem como pai. Reclamam, com razão, essa paternidade. Da minha parte eu assumo e quero ser pai. Essa paternidade vem de Deus e eu quero que ela se concretize cada vez melhor. É ou não é uma verdadeira realização? Você imaginou uma fonte de alegria e de felicidade maior que essa?
Ser padre e ser pai é bom demais!

É isso que me impulsiona a continuar e dar toda a minha vida pelos filhos que o Senhor me confiou.

No decorrer da minha vida encontrei muitos padres que me foram modelo em assumir e realizar esta paternidade e esta filiação. É certo que você tem padres que lhe são verdadeiros pais, que acolhem e assumem você nesta linda filiação. Alegre-se! É presente de Deus Pai!

Se ser padre e pai é muito bom. Ser filho, ser filha e viver a certeza de ter um pai, supera tudo. Só posso dizer: é bom demais!

Por isso é preciso se alegrar. É necessário fazer festa. Muita festa!

Deus abençoe você que recebeu esta graça.

Monsenhor Jonas Abib

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