Fomos criados por um Deus, que é amor, para vivermos uma vida com Ele, por toda a eternidade, para amar. Teremos, então, a multidão de todas as criaturas humanas para amar durante toda a eternidade.
Muitas pessoas me perguntam: Será que lá no céu vamos nos reconhecer? Muitos maridos e mulheres fazem essa pergunta: Será que vamos nos reconhecer como marido e mulher? Respondo: Claro que sim, Deus, que nos fez família aqui na terra, não vai nos separar e nos dividir no céu. Sua família será como um canteiro. Sua família é convocada para estar juntinha no céu, como as flores de um canteiro do jardim. Além de nossa família, teremos todas as criaturas humanas, de todos os lugares deste mundo e de todos os tempos para conhecer, para amar e ser amados por elas. A eternidade vai parecer pequena para amarmos a todos.
Viemos do amor e vamos para o amor. Por isso, durante este espaço da vida que temos aqui na terra, precisamos ser adestrados no amor. Assim como aprendemos a cantar, cantando; a nadar, nadando; a tocar violão, tocando; também se aprende a amar, amando. Por isso, Deus nos pôs ao lado uns dos outros e nos fez família. Suscitou no coração de cada um de nós a capacidade de amar. Principalmente no jovem Deus suscitou uma grande capacidade de amar. Mas o jovem é como um tourinho novo, cheio de força, que quebra a cerca do estábulo… Ele quer pôr para fora todo esse amor, mas muitas vezes de forma errada. Por essa razão, o Senhor quer ajudar, especialmente, os jovens. Ele quer treiná-los; adestrá-los no amor.
Vivemos em comunhão como os santos. Eles torcem por nós para que nos amemos, para que ponhamos para fora todo esse potencial de amor. O Todo-poderoso nos apresenta pessoas palpáveis, sensíveis, que podemos ver e tocar, pessoas com as quais podemos conviver: com elas podemos realizar o amai-vos uns aos outros, podemos amar e ser amados.
O Senhor fez principalmente famílias: nossa família é um canteiro de amor. Assim como existe canteiro de obras, em que se realiza construção, Deus fez a família como um canteiro de obras no qual estamos em contínua construção.
Quando se faz uma reforma em casa, a bagunça e a sujeira são muito grandes. Meu pai foi pedreiro e várias vezes fez reformas em nossa casa: ela foi sendo construída aos poucos. Era a maior sujeira: cal, cimento, poeira…
Sua . E isso ocorre porque ainda não sabemos amar: estamos aprendendo. Podemos também comparar essa situação com um grupo de pessoas que estão aprendendo a cantar. É um desastre! Quanta desafinação! É que estão treinando e aprendendo.
Em nossa casa, o pai não sabe amar como precisa, nem a mãe. Embora amem muito, não sabem amar completamente. Da mesma forma, nós, filhos, não sabemos amar nossos pais… Estamos aprendendo na dureza do dia a dia. Aprendemos errando e acertando…
O Pai, o Filho e o Espírito Santo, que são o Deus-amor, querem nos adestrar no amor. Os santos e os anjos intercedem por nós para que aprendamos a amar. Ao mesmo tempo há uma quantidade enorme de demônios para nos atrapalhar e impedir que nos amemos, principalmente no canteiro de obras, que é nossa casa. O inimigo de Deus não quer que o amor aconteça. Não quer que você ponha em ação esse potencial de amor que possui. Ele quer destruir você, pois, como disse São João, quem não ama permanece na morte. Esse potencial de amor, que há em você, se posto em ação, vai gerar vida, paz e alegria. Mas, enquanto você não puser amor para fora, permanecerá na morte. Por isso é !
(Trecho do livro Combatentes no amor de monsenhor Jonas Abib).
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Especial Dia dos Namorados