Adorar a Cruz de Jesus

“Meus olhos estarão abertos e os ouvidos atentos à oração feita neste lugar. Pois agora escolhi e santifiquei esta casa dedicada a meu nome para sempre. Meus olhos e meu coração estarão nela todo o tempo” (2 Cr 7, 15-16).
Salomão termina a construção do templo e está para inaugurá-lo, consagrando-o ao Senhor. Naquela noite o Senhor lhe aparece e lhe diz: “Ouvi a tua oração e escolhi este lugar como Casa do Sacrifício” (v. 12).

Naquele tempo eram todos aqueles sacrifícios que eles ofertavam a Deus. Hoje é o único sacrifício de Cristo, realizado na cruz e renovado em cada celebração da Missa.

Isto vem confirmar a Canção Nova como Território Eucarístico. Mais do que a nossa espiritualidade, toda a nossa vida se centraliza na Eucaristia. Tudo o que fazemos converge para a Eucaristia e tudo o que somos enviados a realizar ainda, parte dela.

A redenção que levamos a inúmeras pessoas todos os dias, é aquela que se realizou na cruz e que, ao mesmo tempo, se renova em cada Eucaristia. Somos portadores desta redenção, da qual também participamos todos os dias.

Quando vamos para a adoração ao Santíssimo Sacramento, levamos conosco este povo imenso pelos quais somos responsáveis. Quando nos achegamos ao pé da cruz todos os dias, às 15 horas – a hora da redenção – e rezamos invocando a Divina Misericórdia sobre nós e sobre o mundo inteiro, levamos conosco todo esse povo. A Canção Nova é realmente “Casa do Sacrifício”.

Mas sinto que há mais coisas ainda a serem descobertas nesta expressão “Casa do Sacrifício”. Ela fala dos nossos sacrifícios, das nossas dores, de todos os sofrimentos que a própria missão nos acarreta.

Percebo que Deus nos quer levar a assumir e viver aquilo que São Paulo expressa como experiência pessoal: “Alegro-me nos sofrimentos que tenho suportado por vós e completo, na minha carne, o que falta às tribulações de Cristo em favor do seu Corpo que é a Igreja.” (Col 1, 24)

Temos experimentado muitos sofrimentos: tanto cada um de nós pessoalmente, como as nossas frentes de Missão. Temos experimentado o “completar na nossa carne o que falta às tribulações de Cristo.” O que nos faltava certamente, e o Senhor nos quer ver assumindo agora, é o “alegro-me nos sofrimentos que tenho suportado por vós”.
É a alegria no sofrimento. É o acolher de coração e com alegria os sofrimentos que nos atingem, sabendo que eles são necessários para a realização da missão. Nós sofremos por aqueles a quem somos enviados, para que a graça os atinja com os frutos da redenção de Cristo.

Convido você que é Família Canção fazer esta experiência conosco no dia da Exaltação da Santa Cruz. Seu irmão,

Pe. Jonas

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