Eu comecei o meu seminário pedindo a Deus, no dia 22 de novembro 1949 Dia do Músico – que se a música fosse útil para o meu sacerdócio que O Senhor me ajudasse a aprendê-la. Imediatamente os meus superiores do seminário me colocaram no coral, me colocaram na banda, me colocaram para aprender piano. Isso foi resposta de Deus. Eu fui sendo formado músico, e eu não somente compus, não somente cantei, mas regi banda, fanfarra, orquestra e já tive até um grupo de cantores. E tive a graça de fazer orquestração e de dirigir orquestra. Hoje dirijo uma grande orquestra, que é a Canção Nova e isso é um meio de agradecer a Deus pelo dom que Ele me deu e a oportunidade que Ele abriu para mim.
O povo brasileiro é movido à música, se não o levarmos pela música teremos muita dificuldade. Mas por intermédio dela já temos o meio para poder evangelizá-lo. Daí a importância e a responsabilidade de nosso trabalho como músicos de Deus. Antes de tudo somos ministros do Evangelho, nós ministramos a coisa de que mais o nosso povo precisa e está gritando: ‘Queremos ver Jesus’. A nossa música é capaz de fazer esse povo ver o Senhor numa impressionante maneira que talvez eles nem imaginem.
A música tanto pode mexer o melhor ou o pior da gente, depende da música e daquele que apresenta a música. Ela é muito mais que uma semente, e claro toda semente produz aquilo que ela é. Eu não posso plantar abacaxi e colher uvas, eu não posso semear urtiga e querer colher trigo.
“Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Marcos 9,35b).
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib