Quem é Jonas Abib?
“Um pobre homem, mas grande em Deus, realmente um pobre homem, mas graças a Deus, grande e rico em Deus”
Eu nasci em Elias Fausto, uma cidade pequena, mas, com dois anos de idade fui para São Paulo (SP). Tenho quatro irmãs e um irmão. A melhor “construção” do meu pai sou eu e meus irmãos. Fui à capital paulista porque quase perdi a visão, e seria necessário uma cirurgia. Meu avô emprestou dinheiro ao meu pai para que fosse possível fazê-la. Meu pai trabalhava como pedreiro para que pudesse ter uma renda maior mensalmente e pagar os “olhos” do menino.
Todos dizem que tenho os olhos muito expressivos. Eu devo esses olhos, em primeiro lugar a Deus, e a honradez do meu pai. Papai teve que “dar um duro” como pedreiro para ganhar a vida.
Monsenhor Jonas Abib tocando na banda – Arquivo[/caption]
Quando eu tinha entre doze e treze anos, na Festa de Santa Cecília, a padroeira da música, fiz um pedido na hora da benção do Santíssimo com simplicidade de criança: “Senhor, se a música for importante para mim, quando eu for padre, abra as portas para que eu aprenda”. Houve uma resposta imediata. Naqueles dias vieram perguntar-nos quem gostaria de aprender instrumentos de música. Havia uma banda no seminário e fui aprender requinta – um instrumento bem semelhante à clarineta: o instrumento mais agudo da banda. E Já comecei tocando.
A primeira música que Deus me deu a graça de compor foi uma música de louvor “O céu, a terra e o mar”.
O legado
Eu recebi de Deus um carisma, pois carisma se recebe, ninguém produz carisma. Eu recebi esse carisma, o chamado carisma Canção Nova que é o produtor de tudo isso. Então, o meu legado é o carisma Canção Nova. O que eu quero é que os meus o vivam; quanto mais o viverem mais a Canção Nova será produtiva; mais ela haverá de realizar a sua missão, mais e mais almas atingirá. Tudo se resume no carisma, o legado que eu deixo para a Canção Nova. Um dia vou morrer, espero passar dos 100, mas não sei se passo, de qualquer jeito, o legado que deixo agora à Canção Cova é o carisma; e quando morrer é, também, o carisma.
“Ainda não cheguei ao fim da minha missão, mas já recebi o cêntuplo. Sempre me pergunto: ‘Quem sou eu para receber tudo isso?'”
Matéria especial: Letícia Barbosa